Hoje, 20 de Novembro, é o Dia da Consciência Negra. A data foi criada em homenagem ao Zumbi dos Palmares e nos lembra sobre a importância da luta contra o racismo e a valorização da raça negra. Novembro também é o mês da consciência negra. A Fesporteentende que o esporte é uma ferramenta importante nessa luta contra a discriminação racial. Foi também, por meio do esporte, que muitos negros tiveram a oportunidade de mostrar o seu valor, muitas vezes negada pela sociedade, ao longo dos tempos. Abaixo, registramos alguns personagens importantes do esporte catarinense que representam a consciência negra e a luta por um mundo melhor.
ENALDO BATISTA, ÁRBITRO DE BASQUETE
Enaldo Batista de Souza representa o Basquete e a nossa arbitragem. Um vencedor dentro e fora das quadras. Referência nacional em arbitragem, além de ser atleta, técnico e dirigente esportivo. Ele destaca a luta dos negros para alcançar postos de destaque na vida, diz que já viu muitas injustiças ao longo dos 46 anos de carreira, mas prefere guardar no coração as boas lembranças. “Temos todas as qualidades para vencer na vida em pé de igualdade, mesmo sabendo que não é fácil”, destaca Enaldo.
Enaldo Batista, árbitro de basquete
JOSÉ ACÁCIO PEPE, EX-ÁRBITRO DE FUTSAL
José Acácio dos Santos, o Pepe, é uma lenda do esporte. Comendador do esporte catarinense, árbitro de futsal e representante do quadro de servidores públicos da Fesporte. Pepe, criado no Morro do Mocotó, em Florianópolis, por duas mães adotivas, venceu as barreiras de tempos em que havia muita tolerância ao racismo e quando certas atitudes nem eram consideradas racistas. Tempos em que algumas pessoas se divertiam com frases racistas proferidas a um árbitro negro, em tom de “brincadeira”, por exemplo.Vida de luta e dedicação ao esporte. Venceu, sendo reconhecido como um dos melhores árbitros de Futsal do Brasil e servidor público respeitado. Está trabalhando nos Jasc de Rio do Sul, aos 72 anos de idade.
José Acácio, Pepe, ex-árbitro de futsal
ALTAIR VERAS, TREINADOR E EX-ATLETA DE FUTSAL
Altair Veras é técnico de Futsal, representa os nossos treinadores. Craque de Futsal com currículo internacional. Jogou na Espanha e na Itália, tendo a oportunidade de morar nos dois países, graças ao esporte. Uma bagagem cultural que levou para vida.
Altair Veras
MARIANA OLIVEIRA, ATLETA DO ATLETISMO
Mariana de Oliveira Muller é atleta, na modalidade onde os maiores ícones mundiais são negros, o atletismo. Quem não se lembra das 4 medalhas do americano Jesse Owens, na então nazista Berlim, no nem tão distante ano de 1936... Conquistas que inspiraram muitos brasileiros e ajudaram a forjar uma geração de medalhistas olímpicos como João do Pulo, Joaquim Cruz, Ademar Ferreira da Silva, entre outros. Marianaé reconhecida nacionalmente no atletismo, além deser medalhista dos JASC no salto triplo.
Percorreu todo o caminho da base no esporte catarinense, tendo disputado Olimpíadas Estudantis e Joguinhos Abertos. Filha da atleta e treinadora do paradesporto Cristiane Müller, possui vários tios e primos atletas. “O atletismo é um pilar muito importante em nossa família nos ensinou a ter persistência, determinação, disciplina, garra e coragem para superar os obstáculos que a vida nos impõe”, destacou Mariana.
Ainda no atletismo, uma atleta referência: Magnólia Correia, com 39 medalhas dos JASC nos arremessos de peso, disco e dardo. Recordista dos jogos abertos, no arremesso de disco, por 30 anos. Também é treinadora e formadora de atletas, muitos deles negros como ela.
Mariana de Oliveira, atletismo
KELVIN SOARES, PRESIDENTE DA FESPORTE
Para fechar, não podemos deixar de falar que a Fesporte é comandada por um negro, o único do atual colegiado estadual. No basquete jogava fácil, no atletismo era rápido. Bi campeão brasileiro juvenil nas duas modalidades. Fora das quadras, teve que trabalhar, estudar e correr dobrado para conquistar o respeito e reconhecimento das pessoas.
”Nos olham diferente num primeiro momento. A barreira muitas vezes só é quebrada depois de muita conversa e pertinência nos assuntos. O sucesso de um negro em cargos de comando também incomoda algumas pessoas e nos isola em certos momentos”, desabafou Kelvin. Tudo isso no Esporte, onde a presença de negros é comum. Imaginem em outras áreas? No caso de Kelvin Soares, o reconhecimento veio através do esporte.
Foi dirigente esportivo em Joinville, maior cidade de SC, e hoje comanda as políticas públicas do esporte catarinense. Criou programas como o Bolsa Atleta, o PIDE(iniciação esportiva escolar), além da busca incansável por mais recursos e leis de fomento para o esporte. Ele entende que as lições do esporte são importantes para o debate da consciência negra. “No esporte todos são iguais e precisam respeitar as mesmas regras. Mas sabemos que na vida nem sempre é assim. Precisamos ter essa consciência e lutar contra qualquer tipo de preconceito, especialmente o racial que talvez seja o mais cruel de todos”, destacou Kelvin.
Kelvin Soares, presidente da Fesporte
Time que se preze sempre tem um grande jogador. No caso do time de bocha de Itajaí nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) em Rio do Sul, a equipe peixeira tem, no caso, uma grande 'bocheira'. E não é uma jogadora qualquer. Trata-se de uma campeã mundial da modalidade que atende pelo nome de Taísa Zarpelon,18 anos.
Taísa ajudou a Itajaí sagrar-se campeã da bocha, neste sábado, 19, na cancha do Clube Caça e Tiro Dias Velho após vencer na final Chapecó por 2 a 1 depois das disputas por trio, individual e dupla.
“Estou muito feliz com essa vitória. Estou participando dos Jasc pela primeira vez e percebi que o nível da competição é muito forte. É uma das mais fortes do Brasil”, disse a campeã mundial, Taísa depois de se jogar na cancha e comemorar efusivamente o título com as colegas de equipe.
O time de Itajaí, além de Taísa, formou com Alcione Collione, Cristiane Scotti, Diva Sebenelo, Ilga Giacomini, Juceli dos Santos e Jussara Saretto.
Já equipe de Chapecó formou com Ana Martins, Eliane de Vargas, Lurdete Hilha, Neusa de Oliveira, Noeli Dalla Corte e Thays Machado.
A etapa estadual dos Jasc é uma promoção do Governo de Santa Catarina, por intermédio da Fesporte em parceria com o município de São José.
A natação dos Jogos Abertos de Catarina (Jasc) em Rio do Sul é uma das modalidades com maior número de “estrelados”, aqueles atletas que participaram de competições internacionais pela seleção brasileira, incluindo Olimpíadas. Até a manhã deste sábado 19, três recordes haviam sido batidos.
O primeiro deles na quinta-feira,17, nos 4x100 feminino, de Itajaí, com Graciele Herman (Olimpíada 2016), Natália de Luccas, Alessandra Marchioro e Thais Xavier. Tempo de 03.51.69.
Daynara de Paula, de Jaraguá do Sul, bateu dois recordes nesta sexta, 18, e na mesma prova, os 100 metros borboleta. O primeiro foi pela manhã, nas eliminatórias, com 1.00.59. À tarde ela baixou o tempo para 1.00.15. A natação termina neste sábado. Com a disputa das últimas dez provas.
Após a disputa das duas primeiras etapas, na piscina do Esporte Clube Concórdia, Joinville lidera no feminino com 104 pontos, Tubarão está em segundo com 82 e Itajaí em terceiro com 79 pontos.
No masculino Itajaí está em primeiro lugar, com 111 pontos, Navegantes em segundo com 72 e Tubarão em terceiro com 70 pontos.
A etapa estadual da 61ª edição dos Jasc é uma promoção do Governo de Santa Catarina, por intermédio da Fesporte, em parceria com a o município de Rio do Sul.
Lucas Eduardo Borba, de Rio do Sul venceu o downhill, quarta prova da modalidade ciclismo dos Jogos Abertos, disputada na pista de Apiúna, com 1.800 metros no total de percurso, 400 de descida. Lucas fez o tempo de 2min48s.768. Em segundo chegou Lucas Oeschler, de Jaraguá do Sul, 2min50s.667, e em terceiro outro atleta de Rio do Sul, Ronerto Jurk, com 2.55.774.
O campeão recebe carinho da mãe Clarete (Foto: Nataniel Jacomozzi)
Os resultados desta prova, disputada só no masculino, deram à equipe rio-sulense a primeira colocação, com 66 pontos, superando Brusque com 51, um ponto apenas a frente de Florianópolis. Na sequência, até a sexta colocação, valendo pontos para o troféu do ciclismo masculino, estão Jaraguá do Sul (27), Itapema (23), e Joinville (20). No feminino a liderança é de Florianópolis. A quinta prova Marathon XCM, será disputada amanhã, na rodovia Lauro Pamplona P33.
Quem foi ao ginásio do Instituto Maria Auxiliadora (Ima) nesta sexta-feira, 18, em Rio do Sul, para ver alguns atletas olímpicos que disputam o judô dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) não se arrependeu, isso porque eles fizeram jus ao favoritismo e ganharam medalhas de ouro para seus municípios. Por São José Maria Portela (Rio 2016), por exemplo, venceu sua final contra Maria Schroll, de Chapecó, na categoria – 70kg.
Rafael Macedo (Tóquio 220, campeão mundial e pan-americano), por sua vez, faturou o ouro depois de vencer Luiz Rego, de Florianópolis, na categoria – 90kg.
Maria Suélen Altheman (Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020), foi ouro na categoria + 75kg, por Itajaí, ao passar por Anny Ribeiro, de São José.
“O Jasc é uma baita competição. É minha segunda vez que participo e é sempre uma satisfação participar deste torneio. Fiz uma final bem interessante contra a Scholl, uma atleta forte, que está despontando. Fiquei muito feliz com o resultado da luta e da forma que ela se desenvolveu na final, que foi com a medalha de ouro”, destacou Maria Portela.
Maria Portela (branco) foi ouro por São José (Foto: Antonio Prado/Fesporte)
“É a primeira vez que participo dos Jasc. Já sabia que se tratava de uma grande competição e agora pude sentir na pele a grande competição que é”, elogiou o campeão mundial Rafael Macedo.
“Foi muito satisfatório pra mim receber o convite para participar dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Estou no processo de encerramento de carrera e encerrar assim competindo em um torneio forte foi muito importante para mim”, disse Maria Suélen Altheman .
Além do brilhantismo das estrelas, outro momento bastante aplaudido para quem foi ao ginásio do Ima foi quando o atleta deficiente visual, Elias Silva, 38 anos, de São Bento do Sul, entrou no tatame para lutar contra o cubano Yosmel Mena, de Florianópolis, na categoria – 81kg.
Campeão mundial Rafael Macedo com sua medalha de ouro conquistada por São José (Foto: Antonio Prado)
Yosmel aceitou lutar com Elias nas condições do judô paralímpico, ou seja, que cada atleta iniciasse a luta a partir da pegada no quimono com o árbitro levando Elias pelo braço até o centro da tatame. O rápido ippon aplicado por Yosmel em Elias foi apenas um detalhe para publico, que aplaudiu a perseverança e a força de vontade do atleta de São Bento do Sul.
Segundo Elias, ele usou os Jasc como preparativos para as paralimpíadas Paris 2023, já que ele está treinando com o Comitê Paralimpico Brasileiro, com objetivo de conseguir uma vaga.
Treinador Alan Vieira conversa com seu atleta deficiente visual Elias Silva (Foto: Antonio Prado)
O judô nos Jasc continua neste sábado, 19, com as lutas nas categorias – 60kg, - 66, -100 e -73kg no masculino, e ainda no -44kg, -48, -78 e -52kg no feminino. No domingo, 20, a competição finaliza com as disputas por equipes.
A etapa estadual da 61ª edição dos Jasc é uma promoção do Governo de Santa Catarina, por intermédio da Fesporte, em parceria com a o município de Rio do Sul.
No penúltimo dia competição, confira como está o quadro parcial de pontos da 61ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) em Rio do Sul na manhã deste sábado
1º - Blumenau – 142 pontos
2º - Itajaí – 127 – pontos
3º - São José – 108 pontos
4º - Florianópolis – 74 pontos
5º - Balneário Camboriú – 47 pontos
6º - Chapecó – 41 pontos