Chapecó - Na manhã desta terça-feira (27), professores de educação fÃsica e dirigentes esportivos participaram de um curso de arbitragem de bocha paralÃmpica. O curso faz parte da programação da 10ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), que estão ocorrendo em Chapecó. O estudo, realizado no auditório do Centro de Eventos Arlindo de Nes, foi ministrado por Elizabeth Albano, árbitra do Comitê ParalÃmpico Brasileiro e coordenadora da modalidade nos Parajasc.Â
A bocha paralÃmpica começa nesta quarta-feira e os participantes do curso realizarão a parte teórica do estudo arbitrando partidas dentro do torneio. No conteúdo programático do curso, regras do jogo e diversas simulações de partidas e formas de atuação do árbitro dentro da competição.Â
Competem na bocha paralÃmpica paralisados cerebrais severos que utilizam cadeira de rodas. O objetivo do jogo é lançar bolas coloridas o mais perto possÃvel de uma bola branca chamada de jack (conhecida no Brasil como bolim). É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxÃlio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores.Â
Entenda a bocha paralimpica
Há três maneiras de se praticar o esporte: individual, duplas ou equipes.
Antes de começar a partida, o árbitro tira na moeda (cara ou coroa) o direito de escolher se quer competir com as bolas de couro vermelhas ou azuis. O lado que escolhe as vermelhas inicia a disputa, jogando primeiro o jack e uma bola vermelha. Depois, é a vez da bola azul entrar em ação. A partir de então, os adversários se revezam a cada lance para ver quem consegue posicionar as bolas o mais perto possÃvel do jack. As partidas ocorrem em quadras cobertas, planas e com demarcações no piso. A área do jogo mede 6m de largura por 12,5m de comprimento.
Para ganhar um ponto, o atleta precisa jogar a bola o mais próximo do jack. Caso este mesmo jogador tenha colocado outras esferas mais próximas do alvo, cada uma delas também vale um ponto. Se duas bolas de cores diferentes ficam à mesma distância da esfera branca, os dois lados recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuação.
As partidas são divididas em ends, que só terminam após todas as bolas serem lançadas. Um limite de tempo é estabelecido por end, de acordo com o tipo de disputa. A contagem começa quando o árbitro indica quem fará o lance até quando a bola para. Nas competições individuais, são quatro ends e os atletas jogam seis esferas em cada um deles. Nas duplas, os confrontos têm quatro partes e cada atleta tem direito a três bolas por perÃodo. Quando a disputa é por trios, seis ends compõem as partidas. Neste caso, todos os jogadores têm direito a duas esferas por parte do jogo.
A bocha paralimpica dispõe de algumas especificidades:
BC1: atletas com paralisia cerebral que conseguem arremessar a bola. Podem ter auxÃlio para estabilizar a cadeira e receber a bola.
BC2: atletas com paralisia cerebral com mais facilidade para arremessar a bola do que os da classe BC1. Não há assistência.
BC3: atletas com paralisia cerebral que não conseguem arremessar sozinhos e utilizam uma rampa (CALHA)  para isso.
BC4: atletas com outras deficiências severas com dificuldade para arremessar.
Quanto menor o número, maior a limitação do competidor.
Mais informações:
Antonio Prado
(48) 9696-3045